Desejado por muitos, o mês de Dezembro chega solitário em 2020.
Todavia, não deixa de nos transportar para as recordações e partilhas na nossa infância. Talvez por isso, escrever sobre o último mês do Ano, é escrever sobre familia, magia, cor e sabores. Ainda que vivamos num estado laico, as comemorações religiosa como o Natal são sentidas pela maioria da população e, quando não o são, é inevitável a confrontação das familias com esta realidade social, nas ruas, creches/escolas e nos empregos.
As ruas agora iluminadas com as lojas decoradas apelando à envolvência e patilha, evidenciam o porquê de Dezembro ganhar o título “ do mês de Natal”!
Dezembro de 2020, chega diferente de todos os outros. Vem devagar e entra meio solitário, trazendo consigo um misto de tristeza, por não poder corresponder ao que desejámos.
Contudo, para muitas famílias esta é uma época de grande azáfama de encontros e convívios onde a partilha se vive um pouco por toda a parte.
As músicas nas ruas, e as vozes alegres quase fazem esquecer os momentos de incerteza que levaram tantas famílias a repensarem, trocar a partilha pelo distanciamento físico, e dividir os momentos familiares em grupos para que se sintam em segurança.
Um pouco por todo o mundo, esta pandemia, conduziu as sociedades ao confinamento, arrastou as famílias para o isolamento, movidas pelo medo, tornando assim compreensível a tristeza e a ansiedade vivida nesta altura.
Talvez possamos agora refletir, até que ponto temos o poder de decidir e controlar o que nos rodeia. Parece agora mais obvio a necessidade de viver estes momentos de incerteza sob um outro olhar, considerando que o verdadeiramente importante: é que os possamos viver.
É, então preciso, que cada um de nós aceite as suas vulnerabilidades e se permita repensar que ao nos tornarmos mais flexíveis superamos as nossas dificuldades.
Ainda que este dezembro venha solitário com ele chega a magia e a esperança no seio das familias.