O mês de outubro está diretamente associado à saúde mental, uma vez que são diversas as campanhas de consciencialização para esta temática. Assim, esta consciencialização inicia-se em setembro – através do setembro Amarelo, ou seja, a prevenção ao suicídio – e continuam em outubro, celebrando-se, no dia 10, o dia mundial da saúde mental.
Apesar de acreditar que já muito tem sido feito, infelizmente, as campanhas mostram-se insuficientes face às exigências sociais. Assim, acredito que será necessário elevar este tema para discussões que permitam consciencializar as comunidades e a sociedade para o fenómeno da Saúde Mental.
É importante recordar que a percentagem de insatisfação laboral demonstra claramente que esta é um fator de risco para a saúde mental: “Segundo o estudo, 82% dos trabalhadores insatisfeitos estão ativamente em busca de um novo emprego. Além do salário, existem ainda fatores como saúde e bem-estar que são igualmente importantes para os trabalhadores portugueses. Este estudo indica, ainda, que 60% dos trabalhadores rejeitariam uma promoção que comprometesse o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.”
Assim, a saúde mental é um especto fundamental do bem-estar geral e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo stress a relações interpessoais, ambientes de trabalho e, por fim os fatores ambientais, nomeadamente as mudanças de estações.
O Outono, pelas suas características especificas – como a diminuição da luz solar, os dias mais curtos e a transição para um clima mais frio – é uma estação do ano que pode desencadear emoções negativas, nomeadamente: solidão, isolamento e alterações de humor. Também a saúde física pode sofrer consequências, uma vez que a transição para este clima é suscetível de agravar doenças alérgicas. Importa relembrar ainda que é a estação do Verão que está associada a sentimentos e comportamentos positivos, como a época de férias e de lazer. Assim, a estação do Verão contrasta com a do Outono, uma vez que esta última está associada a: responsabilidades sociais; novas dinâmicas familiares; início da escola, dos empregos e de outras atividades rotineiras.
Pensar que a nossa saúde mental reflete apenas fatores intrínsecos e especiais de cada um, mostra-se diminuto. Desta forma, saber gerir a nossa saúde mental é aceitar que existem fatores externos que nos condicionam e limitam. É, pois, preciso priorizar a procura de alternativas, de forma a combater os fatores de risco.
Atualmente, o nosso maior desafio é escolher entre viver mais tempo ou aprender a viver, mas com Saúde Mental!