Portugal é o país com menos pessoas satisfeitas com os seus trabalhos
A relação entre saúde mental e o trabalho nem sempre é a ideal. Se por um lado podemos ter um emprego que nos concretize, por outro lado, nem todas as pessoas estão satisfeitas com os seus trabalhos.
Os últimos dados indicam que Portugal é o país com a menor percentagem de trabalhadores muito satisfeitos com os seus empregos na União Europeia. Foram ouvidas, num estudo, mais de 197 milhões de pessoas sobre os respetivos níveis de satisfação no trabalho, a média da União Europeia para as que se consideram “muito satisfeitas” com aquilo que fazem profissionalmente fixou-se nos 43,8%.
Concretamente, em Portugal, só 21,6% dos inquiridos disse o estar muito satisfeito com os seus trabalhos, sendo o país é aquele que tem a menor percentagem de trabalhadores “muito satisfeitos” em toda a União Europeia. Os mesmos dados indicam ainda que Portugal é o segundo país com mais trabalhadores insatisfeitos.
De acordo com o estudo, o país apresenta um grau de insatisfação laboral de 10,55%, quase o dobro daquilo que é a média europeia (5,8%), sendo apenas superado pela Bulgária.
A falta de trabalho gera momentos de ansiedade. Contudo, um emprego nem sempre é sinónimo de felicidade. O excesso de trabalho, a precariedade, um mau relacionamento com as chefias e/ou colegas ou a falta de reconhecimento são alguns fatores que podem influenciar a saúde mental.
Esta insatisfação laboral tem forte impacto nas relações familiares e na saúde mental, com o surgimento de momentos de tensão e de tristeza, em que toda a família é afetada…
Na pessoa que trabalha e está insatisfeita, podem surgir situações de burnout, uma perturbação causada pelo stress excessivo, oriundo de uma sobrecarga ou excesso de trabalho.
Na realidade quando um membro da família apresenta uma insatisfação laboral extrema ou perpetuada no tempo, toda a família se ressente e facilmente se instala o distanciamento as falhas na comunicação, dando lugar a crise de casal/ familiar.
Importa, pois, estarmos muito atentos a estes comportamentos e compreender que a nossa satisfação profissional reflete-se na relação familiar e por isso mesmo o acompanhamento nesta fase ira permitir a criação de estratégias que nos ajudará a criar novas dinâmicas pessoais e familiares.