Parentalidade: relações entre pais e filhos
Devem os pais ser amigos dos filhos? Esta é uma questão que divide as pessoas. Se não se pode ser o melhor amigo dos filhos, então que tipo de relação podem ter com os pais? Será que pode haver um relacionamento aberto entre ambas as partes?
Pais e filhos podem e devem ter uma relação de proximidade e de abertura uns com os outros. Contudo, é necessário que existam limites, e que ambos os lados saiba o lugar que ocupa nessa relação.
Os amigos possuem uma relação de igual para igual, onde um conta com o outro e vivenciam experiências semelhantes. No entanto, com os pais não deve ser assim.
O facto de, muitas vezes, os pais serem incapazes de dizer “não” e impor limites leva a que as crianças se venham a tornar em adultos frustrados, que não aceitam ser contrariados e incapazes de lidar com problemas e com as suas frustrações.
Mas como estabelecer regras e limites aos filhos? Uma das formas é cumprir com as consequências estabelecidas. É necessário haver coerência e adequar a regra a cada criança.
Seja justo e coerente, ficando atento às regras estabelecidas para que não seja apanhado de surpresa no momento de aplicá-las. Repense os limites para que eles façam sentido no momento em que for necessário conversar com a criança sobre eles.
Em suma, relacionamento entre pais e filhos é diferente das relações de amizade. Nas relações parentais, existe uma hierarquia, mas é necessário não confundir com autoritarismo. Não sendo uma relação de “iguais”, é também uma relação de troca, onde os afetos e os limites são necessários às dinâmicas familiares. De resto, é nesta sintonia que ajudamos os nossos filhos a criar relações saudáveis, de reciprocidade e afeto.