Crise da habitação e o seu impacto na saúde mental dos portugueses
Épocas de crise provocam maiores danos na saúde mental das pessoas, e a que estamos a viver na habitação não é exceção. As causas sociais, a pobreza, o emprego precário os baixos ordenados afetam a saúde da população. Consequentemente, as famílias arranjam dois trabalhos para conseguir pagar as dívidas, deixando para trás a saúde delas e das famílias!
A pobreza é, sem dúvida, um dos fatores de grande relevância na saúde de todos nós.
Mas que tipo de impactos psicológicos pode a crise habitacional ter nos portugueses?
A ansiedade e o stress são alguns dos sintomas relacionados com a saúde mental que as pessoas podem sentir.
Por um lado, há um sentimento de inacessibilidade, ou seja, os portugueses sentem que não têm forma de aceder ao tipo de habitação que desejam. Por outro, há um medo constante de que a subida das rendas coloque as casas a alugar a valores que não lhes permita ou continuar a viver na habitação onde vivem, ou a ter acesso a uma nova casa.
Há ainda o receio de que as habitações a que se pode ter acesso sejam precárias e com poucas condições.
Existe, também, um outro fator que afeta a saúde mental das pessoas, relacionado com a habitação: os ex-casais que se estão obrigados a viver juntos por não terem hipótese de pagar a sua própria casa.
A crise no mercado habitacional está a suspender a vida de casais que se separaram, seja pela dificuldade em encontrar uma nova casa que consigam pagar, mas, também, pelo regresso a casa dos pais e pela ausência de soluções. No entanto, voltar a casa dos pais pode não ser uma solução viável em alguns casos.
Esta crise tem levado a que cada vez mais portugueses procurem apoio psicológico, pois o stress, a ansiedade, a pressão e o receio em que têm vivido têm-nos obrigado a isso. Além disso, as medidas apresentadas para apoiar as pessoas parece não aliviar os portugueses. Para quando o fim desta crise?