A comunicação nas relações
Na terapia familiar sistémica, a importância de saber comunicar talvez se preconize através do fundamento de que “Não se pode não comunicar”.
Compreender que a comunicação está sempre presente, que no próprio silêncio comunicamos, na dupla dimensão: digital (palavra) e analógica (expressões corporais…) A comunicação é a base essencial das nossas relações.
Em qualquer ação, assumimos o papel de emissor e de recetor, num ciclo dinâmico e aberto que vai para além do que é dito ou escrito (palavras), e que por vezes encerra mais significado e conteúdo num silêncio do que num som ou palavra.
Existem dois fatores que nos conduzem a uma comunicação mais fluída e eficaz, são eles: a assertividade e a empatia.
Na verdade, caminham de mãos dadas.
Ser assertivo é ter a capacidade de expressar a nossa opinião, sem receios e de forma clara, permitindo que o outro se possa expressar sem que se sinta julgado, cabendo a cada um de nós aceitar o ponto de vista do outro.
Isso implica estar mais atento, ouvir com uma escuta ativa e, em cada momento, colocarmo-nos no lugar e papel do outro – “ter empatia”. Numa perspetiva familiar sistémica, a comunicação pode favorecer ou não o pleno desenvolvimento de seus membros e é preciso ter em conta que as dificuldades na comunicação comprometem a interação familiar.
Cabe a nós, em cada processo comunicacional, criar uma relação saudável.
Para tal, é necessário acautelar que a comunicação não desqualifique ou desconfirme o outro criando danos individuais e às relações interpessoais na família.
Grata!